Se alguém mexe no telefone enquanto você apresenta, a culpa é sua.
É polêmico, eu sei. Muitos vão argumentar que é falta de educação, falta de profissionalismo, falta de interesse, falta de vergonha na cara, e por aí vai. Mas tem uma coisa nesse cara que devemos valorizar: a sinceridade, mesmo que velada.
Muitas pessoas não vão relar no smartphone, mas vão dar aquele bocejo contido, piscadas mais fortes, vão anotar no canto do papel o que tem que comprar no mercado depois. Se você pudesse entrar na cabeça das pessoas, você escutaria em uníssono: B O R I N G !
Mas por que a culpa sua? Porque a sua audiência está te vomitando silenciosamente. Sua apresentação alcançou níveis alarmantes de tédio e pegar o smartphone é um pedido de socorro. E para evitar que isso ocorra, a solução não é retirar o smartphone da mão d@ fulan@. Começa na preparação da apresentação, na criação do roteiro, no cuidado com conteúdo, no alinhamento do discurso, no visual do material, etc. Quer sapatear para recuperar a atenção da galere, fique à vontade. Mas e depois do showzinho?
A sua audiência tem uma expectativa e é fundamental saber lidar com ambas. Mas ele pode estar tuitando ou anotando coisas, né? Sim, pode. Mas nós sabemos quando alguém está de corpo presente na platéia. O olhar atento, pequenas interações quase imperceptíveis que interagem com sua fala, expressões de reflexão ou surpresa. Prestar atenção nas micro-reações é imprescindível.
Por isso, planeje sua apresentação, cuide da sua audiência com carinho, a melhor forma de retribuir a atenção que estão prestando e o tempo que estão investindo é com uma apresentação de qualidade. E se rolar bocejo que seja por causa da balada de ontem, se rolar smartphone que seja pra tweetar ‘que apresentação foda’.
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