Precisamos do ‘Hacking’

Precisamos do ‘Hacking’

O intuito do Hacking é transformar para atingir um objetivo, mesmo que passando pelo impraticável, inaplicável e até inadmissível. Muitas vezes, questionar os limites faz parte da natureza do Hacking.

Antes de continuar lendo, assista esse vídeo para apreciação de uma obra de arte feita com nobres técnicas de hacking.

A beleza desse conceito está na tentativa, está na vontade de resolver, está na busca criativa pelo realizável. Por incrível que pareça, a cultura de Hacking tem algo a nos oferecer.

Peter Bence nos mostra no vídeo acima que um pouco de hacking e muito talento pode transformar a forma de se relacionar com uma música, um instrumento, uma prática e, às vezes, até o próprio mundo. Existe uma forma padrão convencionada de se tocar piano, certo?

Peter Bence quebra as regras.

Peter Bence quebra as regras. Ele toca um dos pianos mais caros do mundo, descalço. Mexe nas cordas do piano enquanto toca. Espanca a lateral e bate a tampa. Sim, ele está descalço tocando um dos grandes hits da década de 80 num Bösendorfer Grand Imperial, enquanto batuca no mesmo.

Ele é o primeiro a quebrar as regras? Não, não é. Ele é o melhor pianista do mundo? Provavelmente não. Mas o propósito dele é fazer a homenagem à música África usando apenas o seu piano, algum recurso técnológico e principalmente o seu talento.

Talento. Esse post é sobre Talento.

O hacking flerta com a engenhosidade, e para essa conexão ser ainda mais fluída, é preciso Talento. Alguns dos hackers mais importantes do mundo eram estremamente talentosos: Hermeto Pascoal, Pelé, Johan Cruyff, Steve Jobs, Linus Torvalds, Leonardo Da Vinci, Dick Fosbury.

Dick Fosbury foi o primeiro atleta a dar um salto em altura de costas.

Quem é Dick Fosbury? O primeiro cara que deu um salto em altura de costas. O que deu na cabeça do infeliz de saltar de costas? Conhecimento, engenhosidade, talento e mais o fator hacking. E hoje ninguém mais salta de frente. Quando o hacking é institucionalizado por ter dado certo demais.

Nem todo hacking é pra sempre, nem sempre o hacking melhora.

Nem todo hacking melhora, mas os que são relevantes acabam institucionalizados. Passam a fazer parte do novo padrão ou pelo menos influenciam um novo padrão. O hacking expande os limites, os horizontes e as possibilidades. Onde encontramos a aproximação com a criatividade, com a inovação, com o inédito, com o ‘e se…’, com o ‘porque não?’.

Talvez nossos clientes estejam esperando um pouco de hacking. Talvez nossos planejamentos estejam buscando um pouco de hacking. Talvez nossas carreiras estejam precisando de hacking.

😉

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