Planejar é escolher

Planejar é escolher

Uma frase que escutei há muitos anos, uma frase que faz mais sentido a cada dia, “planejar é escolher” deveria ser um mantra.

Planejar é escolher

Há 10 anos atrás, estava fazendo um trabalho em grupo num curso de planejamento. No momento da apresentação, um grupo trouxe vários caminhos e explanou sobre cada um. O planner, que estava aplicando o curso, perguntou “em qual caminho vocês apostam?” e a líder da equipe respondeu prontamente “é o cliente que escolhe”. O planner insistiu “mas vocês devem ter um caminho mais adequado em mente”,  e a líder respondeu denovo rapidamente “mas quem tem que escolher é o cliente” e o planner trouxe a máxima que deveria ter sido escrita em pedra: “Planejar é escolher”.

Escolher é uma missão complicada. O ato de escolher envolve ao mesmo tempo o papel de eleger e o papel de barrar. Quando se trata de um plano, escolher um caminho pode ser a diferença entre chegar ou não chegar a um resultado. Escolher o caminho da ideia bonitinha pode ser o avesso do necessário para atingir o objetivo. Então, em maior ou menor grau, cada escolha envolve um grau de responsabilidade.

Planejar é escolher

Você pode escolher sem conhecer, mas corre-se um grande risco. Ao conhecer melhor as opções, o risco é reduzido e corre-se um risco controlado. Sendo assim, o processo de imersão, de investigação, de pesquisa, de entrevistas, de levantamento de dados, entre outras técnicas, é extremamente necessário. E ter tato para organizar tanta informação, deixando as coisas práticas e didáticas, é fundamental. Assim, o processo revela takeouts importantes, findings marcantes e estimula insights necessários. E essas sinapses ajudam não só a construir os possíveis caminhos de um plano, como então fazer a escolha adequada.

Claro que o cliente pode ter uma opinião diferente, claro que a escolha conduzida pelo planner pode ser barrada. Mas essa escolha é importante. Quem percorre o caminho inteiro desde o brief inicial até o momento da escolha é o planner ou a equipe de planejamento.

Por isso, escolher é um fardo, mas não devemos ter medo. Escolher é fundamental, e nós, planners, somos forjados para fazer boas escolhas para nós, para a agência, para nossos clientes e para nosso público.

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